domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ruradélica

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"Com seres verdes ao redor,
eu já me sinto bem melhor.
São verdes vivas vozes do jardim,
sussurrando odores de jasmim."
Supercordas

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rascunhos de barata



[Ninguém sabia do que se tratava aquilo. Só ouviram um barulho estrondeante de longe. Sabiam que algo havia dado errado. Mas estranho que ninguém teve o trabalho de ir lá e tentar arrumar. Ficavam ali, parados, seguindo o caminho de cada um pensando no que teria acontecido. "Será que a culpa foi minha?", talvez até com uma pontinha de tristeza.
É como o homem de Kafka que vira barata e ninguém dá muita importância. Ficam repugnados, mas ficam ali, sempre parados (...)]
...
[Quem quer que seja que inventou o calendário, devia ser uma cara muito capitalista. Devia esperar com uma angústia sem fim, que se passasse os 360 dias para gastar todas as economias em cerveja e camarão. E depois, como sempre, começaria tudo outra vez... trabalho, casa, cama, trabalho.
Mas é chato viver esperando que algo se concretize. É como se a vida girasse em torno do ano que vem, do ano que você terá mais uma chance de fazer o que não fez.
E é aí que começam todos aqueles planos pra janeiro: se dedicar mais na faculdade, no trabalho, ganhar peso, perder peso, parar de fumar, fumar.
E o ano começa, termina... e tudo que você fez foi planos.
Eaí, vale a pena? Esse dias me fizeram essa pergunta e não soube responder(...)]
...
[O trânsito para pra formiga atravessar.
Os penteados descabelam-se. É culpa do vento, do invento, da vontade de dançar (...)]

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

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Pensa, menina, pensa pra escrever um texto bom.
Pensa pra falar, pra tocar, tocar pra quê? Tocar o quê?
Pensa no caderno, no livro bom.
Quem? Cuma? Onde? Por quê?
Pensa na música, na letra, esquece o livro.
Ouve a música, o que ouve? O que houve?
Ser maior, ser bemol.
Melhor que ontem, melhor que antes.
...
Pensa, menina. Mas não pensa muito.
Seu dia é sempre ímpar.


(Desenho de autor desconhecido)